LOULÉ, PORTUGAL - 2021

RESIDÊNCIA ARTES DA NATUREZA APLICADAS

 

A Residência Artes da Natureza Aplicadas explorou o artesanato tradicional mediterrânico algarvio por meio de colaborações entre designers e artesãos/ãs nas categorias da azulejaria, cobre, cortiça, olaria e palma.

O desafio proposto foi criar peças utilitárias dentro da estrutura dos princípios de design regenerativo, utilizando as pétalas do Living Product Challenge. O objetivo principal deste projeto é trazer a equidade social, a restauração económica e a regeneração ambiental para a vanguarda do processo de design e criação, com peças que entrarão em produção localmente e inspirarão as gerações mais jovens a continuar estes ofícios.

ARTeSãoS

Azulejaria:
Rui & Maria Mascarenhas (Aresta Viva)

Cobre:
Analide do Carmo
José Luis

Cortiça:
Nuno Farias & João Pereira (NF Cork)

Olaria:
Francisco Eugénio

Palma:
Sónia Mendez

DESIGNERS

Barbara Drozdek
Brunno Jahara
Célia Esteves
Marre Moerel
Pierre-Emmanuel Vandeputte

 
 

PEÇAS EM PALMA

CACLÉ I & II

Desenhado por Célia Esteves
Feito à mão por Sónia Mendez

Tapete em palma

“Caclé I & II” são inspirados pelos cactos de Loulé Velho, e marcam um regresso à tecelagem tradicional feita à mão. Usando a folha da palmeira anã mediterrânea, entrançada e cosida a partir deste singular elemento selvagem. Estes tapetes estendem a sua função ligando-os à natureza, com um olhar direccionado para um futuro mais sustentável.

“Caclé” marca o início de uma nova linha na Rug by GUR chamada GUR PA.

 

AQUI

Desenhado por Pierre-Emmanuel Vandeputte
Feito à mão por José Luis & Sónia Mendez

Banco em cana e palma

“Aqui” é um banco feito com cana colhida na natureza, unida por palma entrelaçada. Historicamente, nas casas Algarvias, a cana era utilizada nos tectos e nas paredes de terra.
A palma é entrançada numa técnica chamada empreita e utilizada numa miríade de formas. Nesta peça a palma fexível é justaposta com a força rígida da cana, criando um equilíbrio entre conforto e estabilidade.

“Aqui” reclama simplicidade e reafirma o valor de materiais pouco valorizados.

 
 

PEÇAS EM CORTIÇA

KANOO

Desenhado por Brunno Jahara
Feito à mão por Nuno Farias

Centro de mesa em cortiça

Trazer o estado mais natural da árvore da cortiça para uma forma útil foi o ponto de partida inicial para a peça “Kanoo”. A casca dos sobreiros é colhida à mão todos os anos em Portugal para ser transformada em diferentes formas e produtos. “Kanoo” é feita a partir das cascas partidas durante a primeira colheita.
Cortada com cortes angulares mínimos, torna a forma desta peça central sempre única, cada uma com o seu próprio carácter. Por vezes, tem musgo natural e pequenas plantas pegadas, criando assim uma mini paisagem de jardim na mesa. A simplicidade e a força dos elementos em bruto fazem da natureza o desenhador essencial destas peças.

 

FIGOS

Desenhado por Brunno Jahara
Feito à mão por Nuno Farias & João Pereira

Vasos e candelabro em cortiça

Quatro formas livres em cortiça de valpreto compõem um conjunto de vasos acabados à mão e um candelabro.
As Silhuetas são inspiradas em fgos, uma fruta típica da região do Algarve onde as peças foram criadas. Este padrão único de cortiça assemelha-se a pedra.

 

SHROOMS

Desenhado por Brunno Jahara
Feito à mão por Nuno Farias & Francisco Eugénio

Frascos em barro e tampas em cortiça

Os cogumelos estão por todo o lado e fazem parte do nosso mundo imaginário, têm propriedades mágicas e esta foi a inspiração por detrás do conjunto de potes e tampas em cerâmica e cortiça. Esta família de tampas universais também pode ser utilizada em frascos.
Uma colecção lúdica que convida o utilizador a ter um pequeno bosque de cogumelos na sua própria casa.

 
 

PEÇAS EM OLARIA

fonte

Desenhado por Marre Moerel
Feito à mão por Francisco Eugénio

Dispensador de água em barro e filtro

“Fonte” é um filtro de água inspirado na filtração natural onde a água (chuva, gelo, neve) é filtrada através das diferentes camadas da terra para criar água da nascente fresca e limpa. O objectivo é substituir a utilização de filtros produzidos industrialmente para eliminar contaminantes industriais desnecessários (plástico) e voltar às técnicas tradicionais, de baixo custo e materiais naturais.
Reintroduzindo métodos há muito esquecidos que são igualmente viáveis, mas que já não se encontram na prática diária. O doseador consiste em 2 compartimentos feitos de barro não vidrado, cuja parede porosa utiliza arrefecimento por evaporação para reduzir a temperatura da água que contém, fornecendo assim sempre água potável fria, mesmo em ambientes quentes.

 

FOGUINHO

Desenhado por Marre Moerel
Feito à mão por Francisco Eugénio

Aquecedor a velas em barro

Um pequeno aquecedor de espaço inspirado na ocorrência natural do sol que ao aquecer uma pedra, esta, captura e irradia calor. Criado com técnicas de olaria usadas na manufatura dos tachos tradicionais, “foguinho” consiste em 2 cúpulas de cerâmica sobrepostas e colocadas sobre um tabuleiro com 2 ou 4 pequenas velas; esta peça elegantemente simples foi concebida para aquecer um pequeno espaço com uma quantidade mínima de combustão. O aquecedor mantém e concentra o calor que normalmente se elevaria até ao tecto e rapidamente se dissiparia. As cúpulas de terracota absorvem a energia térmica das velas, convertendo-a em calor radiante.
“Foguinho” também serve para desumidifcar e é muito efcaz para aquecer os pés ou mãos.

 

RESPIR-AR

Desenhado por Barbara Drozdek
Feito à mão por Francisco Eugénio

Vaso, difusor e absorvedor de odores em barro

“Respir-ar” é um conjunto de objectos que ajudam a melhorar a qualidade do ar nos espaços habitacionais. Hoje, mais do que nunca, enfrentamos o problema da poluição atmosférica. As formas das peças surgiram em colaboração com o artesão, através da desconstrução do símbolo mais emblemático da região do Algarve, a chaminé. Uma saída para o fumo torna-se uma colecção de purificadores de ar. O vaso de flores com recortes tradicionais dá lugar à lista da NASA das dezoito melhores plantas que limpam o ar de substâncias como o benzeno, o formaldeído e o tricloroetileno. O difusor para própolis fornece protecção antibiótica, antiviral e imunitária. O recipiente para bicarbonato de sódio absorve o cheiro nos espaços mais pequenos.

 
 

PEÇAS EM AZULEJARIA

ARESTA RE-VIVA

Desenhado por Barbara Drozdek
Feito à mão por Rui & Maria Mascarenhas

Azulejos

É um projecto onde o artesanato cruza com a tecnologia. Inspirado pelas forças que ocorrem na natureza, especifcamente a atracção. Utilizando um desenho paramétrico inspirado nos padrões islâmicos, gerámos uma série de padrões tri-hexagonais interconectáveis que o algoritmo redimensionou através de forças de pontos de atracção, que se ajustam à geometria dos azulejos e são facilmente adaptáveis dependendo das necessidades de espaço. Os fenómenos de evolução do padrão de e para os pontos de atracção conduzem a opções versáteis no crescimento e contracção da composição global. Para melhorar e acelerar o processo de produção, utilizámos a tecnologia de impressão 3D para transmitir o padrão para a argila.

 

HEXADROM

Desenhado por Brunno Jahara
Feito à mão por Rui & Maria Mascarenhas

Espelho com azulejos

Uma moldura única feita à mão, com uma novas formas e cores que pode ser especifcamente composta dependendo do espaço de destino. O desenho baseia-se em dar um valor especial às peças tradicionais, transformando a sua utilização, memorizando as suas diferenças únicas no processo artesanal e apoiando a continuidade do atelier familiar do Aresta Viva em Faro.

 
 

PEÇAS EM COBRE

ATRAVES

Desenhado por Pierre-Emmanuel Vandeputte
Feito à mão por Analide do Carmo & soldado por José Luis

Maçaneta em cobre

“Atraves” é uma maçaneta feita de cobre com propriedades de auto-limpeza. Segundo textos antigos, os egípcios utilizavam o cobre para limpar feridas já em 2400 a.C.; dois milénios depois o cobre tem um novo interesse científico devido às suas propriedades antimicrobianas.

A combinação do artesanato em Loulé com questões relevantes dá origem a soluções formais e inspiradas que podem juntar os dois mundos: passado e presente. A maçaneta redonda faz lembrar a tradicional Cataplana Algarvia, é confortável para se agarrar e permite-nos passar em segurança.

 

PSYLO

Desenhado por Brunno Jahara
Feito à mão por Analide do Carmo

Ganchos roupa e chaveiro em cobre

Psylo é uma adorável família de ganchos de cobre feitos à mão, que se assemelham a cogumelos que crescem fora da parede. Estes ganchos estão disponíveis em diferentes tamanhos que variam de acordo à função: para segurar chapéus, chaves, casacos, acessórios e objectos leves. Cada cogumelo é martelado à mão em formas ligeiramente caprichosas.

 
 

Organizado por

Passa Ao Futuro

ACOLHIMENTO

Loulé Criativo

com o apoio de

República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes
Município de Loulé